sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O Menino Jesus

Dentre todas as baboseiras e farsas da humanidade o natal, com toda a certeza, está próximo ao topo da lista das grandes ladainhas perigosas do mundo. Talvez só esteja atrás do Arruda, que com todos aqueles sorrisos dissimulados, enganou tanta gente. Apimentado pelo marketing do mundo mercantil, o natal ganhou um caráter coca-cola, com Papai Noel e neve. Neve! Vale a pena dizer que neve nessa época só existe no hemisfério norte onde os EUA fica alojado. É preciso ser um graduado em metereologia pra saber que na América Latina não neva nesta época do ano? Então este natal não serve pra gente, talvez sirva para os norte-americanos e ingleses.

O papai Noel - fruto de uma mal intencionada pesquisa de laboratório - é o símbolo principal desta merda. Em todas as propagandas ele não falta, aparece com aquele jeitão escroto que gosta de criancinhas, como um padre. É o papai Noel, com aquele sorriso dissimulado, que mais perigo apresenta. É com ele, que a ciência do marketing convence tanta gente a comprar o máximo que puder, até a última gota de dinheiro. No final, após o natal, o que temos? Uma penca de dívidas e muitos perus mortos. De que vale toda essa merda?

Ah sim, ia me esquecendo, e o menino Jesus? O verdadeiro símbolo do natal. Dizem os cristãos que - há mais de 2000 anos atrás - nasceu um enviado de Deus: Jesus Cristo. Na bíblia diz que ele seria a salvação da humanidade, que era a voz de Deus. Os Judeus, com sua bíblia monstruosamente sinistra, diz que ele nunca existiu, que ele ainda virá para nos salvar. Quem diria: se for verdade teremos dois natais por ano! A coca-cola em Israel ia aproveitar a chance para criar um novo papai Noel, talvez com uma face mais judia, mais anti-palestina!

Quando iremos retirar estas lentes impostas pelas classes dominantes? Em toda parte, estes homens – hoje de terno, ontem de armadura sagrada – nos enganam com tamanha facilidade! Nos guiam como rebanhos de ovelhas! Não era assim que dizia na bíblia? Somos as ovelhas do senhor! Nos convenceram de que somos servos de algo que nunca se viu, algo de que está apenas escrito em páginas primitivas. Conseguiram nossa submissão com uma mentira perigosa, que se chama religião. Essa merda que vem matando pessoas e coagindo culturas legítimas, que tentou e tenta transformar o underground em um crime, ou melhor, em satanismo! Proponho ao Guará Underground boicotar este natal. Em vez disso, podemos aproveitar este dia para viver como gostaríamos de viver, gozando dos néctares alucinógenos e deixando insurgir a subversão do orgasmo sem preconceitos, sem consumismos e sem mentiras! Podemos encarar a verdade autêntica sem abaixar a cabeça como rebanhos de ovelhas. É disso que o underground é feito: transgredir para viver!


Como diz uma música do Regicídio:
Falácias mórbidas
Erradicam a transcendência
Vomitando ordens
Sob as fezes de uma constituição sagrada!

- GUARÁ UNDERGROUND

Velhacos Infantis!


É com nojo e pouca surpresa que o Guará Underground recebe a notícia da putaria generalizada dos senhores do DF. Aqueles senhores - que ascendidos ao poder por vias que eles próprios criaram ao longo da história - não fizeram nada mais do que o esperado de criaturas que governam outras. Uma vez sentados no trono, eles deixam florescer todas as fezes que formam suas personalidades. Acabam cagando em si mesmos quando rezam glorificando suas atitudes podres e maléficas. Panetone! É isso que eles cagam com nossos suores!

Arruda, apesar de já ter sido pego na pilantragem do painel, persiste com seu sorriso dissimulado. Juntamente com Paulo Octávio, eles formam a dupla mais desgraçada do DF. Cômico é saber que eles só se fuderam quando um semelhante deles - Durval filho da puta Barbosa - resolveu traí-los para amenizar a podridão que acompanha sua vida. Irônico né? Um bandido lascando o outro! E então? O que temos para concluir disto?

O Guará Underground reafirma, neste momento (oportuno?), a raiz de todo o mal. Não existirá, nunca, jamais, tribunal para estes escrotos. Tanto é que eles só caíram quando a própria trama deles falhou. E o resto? Será que foi só isso que eles fizeram? Qualquer um duvida. Qualquer um duvida que qualquer um que esteja no poder não tenha feito merda!Pois é isto de que eles são feitos: de merda! Não se trata mais de consertar o poder e sim de destruí-lo de nossas vidas para que nunca mais tenhamos de nos preocupar em o que rola dentro de um gabinete. Nossas vidas são para serem vividas e não para resolvermos, sempre com medidas paliativas, os problemas da sociedade. É preciso dar um fim neste mal. E isto só será possível com o auto-esclarecimento de cada um frente à verdade mórbida que é o estado. Reformar o poder? O Guará Underground prefere destruí-lo, criando uma nova realidade livre da crocodilagem que é inerente ao sistema.

- Não repudiamos somente os culpados deste esquema, repudiamos sim todo o sistema!

- GUARÁ UNDERGROUND

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Sobre uma nova proposta!


O Guará Underground, no dia 19 de dezembro, completou um ano de existência. Foram muitos os episódios que marcaram a memória do coletivo. Lembrar de cada um deles agora talvez não seja a questão. Todavia, o que de fato precisamos lembrar é que o GUG, depois de todas as vitórias e derrotas que se passaram, pode constituir, agora, uma família. Não estamos falando daquela família arcaica da qual fomos criados em que a mulher é um servo e a hierarquia é sagrada. A família que o GUG agora representa é formada por parceiros e companheiros diretos, sem cláusulas e líderes. Uma família autêntica, nascida da necessidade de união, para realizar o verdadeiro underground.

Dizer o que o GUG pretende como objetivo é uma tarefa um tanto subjetiva. Preferimos dizer que temos um subjetivo como meta, nem obscuro nem claro, mas espontâneo. Sabemos, até agora, que a realidade que nos coage é fria, cruel. Esta angústia que pode estar presente em um ou outros é uma forte arma contra nossos "subinimigos". O militante do GUG é aquele que negou a ausência de sentido das coisas da maneira mais radical: O absurdo da vida como santuário de ódio e reflexão. Dizer isso não significa que somos formados apenas por ateus niilistas, pois a necessidade de união nasceu para questionar nossas lentes culturais. Contudo, nossos princípios podem dizer muita coisa, pois são eles nossos meios e fins. Considerando isto, o GUG teria como subjetivo a destruição de tudo aquilo que coage de alguma forma, direta ou indiretamente, o ser humano.

Até hoje, não firmamos compromisso com nada. Ou melhor, nosso compromisso é, justamente, O Nada. Dizer isso tudo nos leva a concluir: que merda é essa? É a merda que sem querer sai algo, da insurreição mais profunda de nossos pensamentos. Não falamos de revolução, mas denunciamos cada escória da sociedade, daquilo que foi criado ingenuamente por poucos velhacos entupidos de ganâncias infantis. Aquilo que o GUG diz em voz alta é o que todos têm preso na garganta, em silêncio. Cabe a nós, de alguma forma, quebrar esse silêncio que nos submete as mais asquerosas culturas. Trata-se de fazer a contracultura de fato, de apresentar esta proposta a sociedade nas cores que refletem o underground, construindo uma sociedade de contracultura generalizada!

- GUARÁ UNDERGROUND, 19 de dezembro de 2009.

O Guará Underground - GUG


O Guará Underground é um grupo de cunho político, social e artístico. Formado por jovens adolescentes e adultos com o intuito de coletivizar o pensamento jovem aplicando-o na sociedade cotidiana vigente.

O grupo foi formado no dia 19 de dezembro de 2008 na região administrativa do Guará, localizado no Distrito Federal, nos arredores da capital e centro político brasileiro. O grupo teve início após o descontentamento ocasional - ou melhor, histórico - por parte de jovens urbanos locais que não têm o reconhecimento de seu modo de pensar. Inicialmente, o grupo contava com apenas membros de relações artísticas do DF que, posteriormente, veio a englobar os mais variados tipos de expressão jovem que não têm a devida aceitação de seu comportamento social em sua família e demais setores do cotidiano em que vive.

O termo underground, usado no nome do coletivo (ou grupo), foi escolhido por este mesmo pertencer às minorias de transvalorização do mundo vigente. Estas minorias - que vêm lutando desde os anos 50 contra o conservadorismo e imposições de diversos valores nos jovens que têm sua autonomia violada diretamente e indiretamente - ainda hoje têm sua importância na transformação da sociedade, criando novas perspectivas de vida e pensamento a partir da análise das conjunturas de coações psicológicas do poder político, religioso e institucional que acaba por criminalizar e julgar estes jovens segundo culturas não criadas e pensadas por estes. Estes jovens - undergrounds (submundo) - acreditam que uma nova forma de agir e pensar possa mudar, de modo subjetivo, as injustiças do mundo que afligem a sociedade.

- Quanto aos Princícios de Ação e Organização:

Inicialmente - decidido isto na primeira assembléia do coletivo - o grupo contou e ainda conta com três princípios de organização e atuação. São eles: o horizontalismo, a autonomia e a decisão em consenso. Sendo o horizontalismo uma maneira encontrada para aproximar o coletivo de seu real objetivo de transformação da sociedade. Este princípio esclarece que não haverá diferenças verticais no coletivo, concedendo, assim, o mesmo espaço de atuação e decisão de cada indivíduo no grupo. Este princípio agiliza a criação (por não necessitar de autorização alheia interna para atuar), estimula a participação de todos os membros e conscientiza sobre a necessidade de saber decidir o melhor por seus companheiros. A organização horizontal garante a participação direta e a erradicação da burocracia. O segundo princípio - a autonomia - é o instinto motor do coletivo. É este princípio que estabelece quem faz as regras do jogo. Nada externo ao coletivo poderá interferir em nossas decisões e nossos princípios. Portanto, independente de órgãos do estado, o Guará Underground atuará em acordo apenas consigo mesmo. O terceiro princípio - a decisão em consenso - ensina e estimula o debate analítico horizontal. Este princípio faz com que cada assunto em detalhe seja discutido minuciosamente antes de qualquer decisão, conseguindo assim a melhor alternativa em cada caso e evitando separações dentro do grupo por parte de decisões por voto. Os princípios são sempre esclarecidos e praticados de forma clara. O objetivo destes princípios são, como já foi dito, aproximar o coletivo de sua real intenção na sociedade. A horizontalidade, autonomia e a decisão em consenso - desde muito tempo praticado em grupos libertários - estimulam o pensamento e estudo coadunando as ações com a causa social.

Os princípios do grupo não restringem a participação de um indivíduo de fora, portanto, o GUG é aberto para qualquer um que queira participar, seja ele jovem ou não. A única regra é que a pessoa interessada em participar esteja em acordo com os princípios.

- Quanto à coletividade de ação:

O Guará Underground é reunido semanalmente por meio de assembléias, que é discutido as decisões de planejamento e os debates de inversão de perspectivas, buscando sempre alcançar a importância da voz de todos. Grande parte do planejamento está voltado para a organização de eventos de contracultura, esta formada pela cultura da poesia, música, teatro, dança, folclore e demais expressões undergrounds no mundo. Nestes planejamentos usa-se como orientação mais três princípios inseparáveis para hegemonização de nossos interesses, são estes: a Participação, Comunicação e a Realização. Estes outros subprincípios são praticados individualmente por todos para a criação da coletividade e para a consciência individual de cada um. Quem participa do grupo é envolvido por um cenário de poesia que incita a criação e espontaneidade concluindo em realizações coletivas.

Os subprincípios usados nos planejamentos orientam a criação em equipe, nunca alienando a paixão de criar pela obrigação de trabalhar. Não há obrigações no grupo, exceto a de ser você mesmo. Não há taxas financeiras de participação, não há coações, não há regras inalienáveis e não há influência externa. Todos têm sua individualidade protegida reciprocamente para criar e mudar com o mesmo direito de ação e voz. A liberdade é colocada em primeiro lugar em todos os sentidos. No Guará Underground acredita-se que a liberdade e a criatividade reservada aos indivíduos não deve se encontrar absorvida pela necessidade de se adaptar às normas sociais de coação.

- Quanto ao cenário interno do grupo:

Dentro do grupo, o participante é envolvido e estimulado com o intelecto ecumênico. Os mais diversos assuntos são falados e discutidos em uma inversão de perspectiva.

Inverter a perspectiva é deixar de ver com os olhos da comunidade estabelecida, da ideologia, da família, dos outros. É apreender-se a si próprio solidamente, escolher-se como ponto de partida e como centro. Fundar tudo na subjetividade e seguir a vontade subjetiva de ser tudo. É transcender usando a idiossincrasia de seu livre-pensamento e retirar as lentes impostas pela sociedade para enxergar o mais longe possível sem julgamento de crenças, valores e moral já criados. Assim, busca-se a real individualidade de cada indivíduo no grupo para um verdadeiro pensamento coletivo em que tomará decisões e reconstruirá as verdades tijolo por tijolo.

A inversão de perscpectiva é a base do grupo para discussões. Desta forma, pode ser reavaliado qualquer fator que antes seria vulgar segundo lentes sociais vigentes.

Atenciosamente,
- Guará Underground - GUG