quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Sobre uma nova proposta!


O Guará Underground, no dia 19 de dezembro, completou um ano de existência. Foram muitos os episódios que marcaram a memória do coletivo. Lembrar de cada um deles agora talvez não seja a questão. Todavia, o que de fato precisamos lembrar é que o GUG, depois de todas as vitórias e derrotas que se passaram, pode constituir, agora, uma família. Não estamos falando daquela família arcaica da qual fomos criados em que a mulher é um servo e a hierarquia é sagrada. A família que o GUG agora representa é formada por parceiros e companheiros diretos, sem cláusulas e líderes. Uma família autêntica, nascida da necessidade de união, para realizar o verdadeiro underground.

Dizer o que o GUG pretende como objetivo é uma tarefa um tanto subjetiva. Preferimos dizer que temos um subjetivo como meta, nem obscuro nem claro, mas espontâneo. Sabemos, até agora, que a realidade que nos coage é fria, cruel. Esta angústia que pode estar presente em um ou outros é uma forte arma contra nossos "subinimigos". O militante do GUG é aquele que negou a ausência de sentido das coisas da maneira mais radical: O absurdo da vida como santuário de ódio e reflexão. Dizer isso não significa que somos formados apenas por ateus niilistas, pois a necessidade de união nasceu para questionar nossas lentes culturais. Contudo, nossos princípios podem dizer muita coisa, pois são eles nossos meios e fins. Considerando isto, o GUG teria como subjetivo a destruição de tudo aquilo que coage de alguma forma, direta ou indiretamente, o ser humano.

Até hoje, não firmamos compromisso com nada. Ou melhor, nosso compromisso é, justamente, O Nada. Dizer isso tudo nos leva a concluir: que merda é essa? É a merda que sem querer sai algo, da insurreição mais profunda de nossos pensamentos. Não falamos de revolução, mas denunciamos cada escória da sociedade, daquilo que foi criado ingenuamente por poucos velhacos entupidos de ganâncias infantis. Aquilo que o GUG diz em voz alta é o que todos têm preso na garganta, em silêncio. Cabe a nós, de alguma forma, quebrar esse silêncio que nos submete as mais asquerosas culturas. Trata-se de fazer a contracultura de fato, de apresentar esta proposta a sociedade nas cores que refletem o underground, construindo uma sociedade de contracultura generalizada!

- GUARÁ UNDERGROUND, 19 de dezembro de 2009.

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